Trombone Shorty & Orleans Avenue
Teatro Castro Alves - Salvador - Bahia - 11 de Junho de 2012
A expectativa em assistí-lo era grande, pois afinal trata-se de um músico que tem Trombone no nome. Numa tradução livre, podemos chamá-lo de Tromboninho. O diminutivo está apenas no nome, pois ele sabe bem como tocar o instrumento que lhe dá nome, assim como o trompete. Possui grande técnica e executa com precisão linhas melódicas com alto grau de dificuldade. As músicas apresentadas no show foram um pouco iguais demais, o que tornou a apresentação uma sequência da mesma coisa. Curta sequência, diga-se, pois o show todo teve 1 hora. Muito funk e rock misturados de forma a agradar àqueles que deliram mais com a bateria do que com o sax tenor. Os dois saxofonistas são muito competentes, assim como o baterista. Tromboninho merece um guitarrista melhor (já teve Jeff Beck em seu CD) e um contrabaixista que saia da embolação e ofereça sustentação além do mediano. A falta de um teclado deixa o som muito duro esburacando a Orleans Avenue ou deixando o Trombone Hardy. Ele tocou e cantou, mas faltou mesclar músicas mais calmas para fazer o contraponto. Só dou o benefício da dúvida porque o som não estava bem equalizado e as frequências médias acabaram por estressar os ouvidos.
No final do show, ele soube como agradar aos fãs (?) e fez a volta às origens the New Orleans, tocando no "acústico" músicas tradicionais e descendo do palco. Senti ali um pouco da admiração exagerada pelos que vêm de fora...
Enfim, acho que ele fez um show mediano para cumprir agenda e trouxe um repertório barulhento para agradar àqueles que saem dançando mesmo se o garçom derrubar a bandeja. Tromboninho tem técnica para muito mais do que ele mostrou, mesmo se tocasse as mesmas músicas.
Mano Jone