quinta-feira, 14 de junho de 2012

Trombone Shorty no Teatro Castro Alves

Trombone Shorty & Orleans Avenue
Teatro Castro Alves - Salvador - Bahia - 11 de Junho de 2012

A expectativa em assistí-lo era grande, pois afinal trata-se de um músico que tem Trombone no nome.  Numa tradução livre, podemos chamá-lo de Tromboninho.  O diminutivo está apenas no nome, pois ele sabe bem como tocar o instrumento que lhe dá nome, assim como o trompete.  Possui grande técnica e executa com precisão linhas melódicas com alto grau de dificuldade.  As músicas apresentadas no show foram um pouco iguais demais, o que tornou a apresentação uma sequência da mesma coisa.  Curta sequência, diga-se, pois o show todo teve 1 hora.  Muito funk e rock misturados de forma a agradar àqueles que deliram mais com a bateria do que com o sax tenor.  Os dois saxofonistas são muito competentes, assim como o baterista.  Tromboninho merece um guitarrista melhor (já teve Jeff Beck em seu CD) e um contrabaixista que saia da embolação e ofereça sustentação além do mediano.  A falta de um teclado deixa o som muito duro esburacando a Orleans Avenue ou deixando o Trombone Hardy.   Ele tocou e cantou, mas faltou mesclar músicas mais calmas para fazer o contraponto. Só dou o benefício da dúvida porque o som não estava bem equalizado e as frequências médias acabaram por estressar os ouvidos.
 
No final do show, ele soube como agradar aos fãs (?) e fez a volta às origens the New Orleans, tocando no "acústico" músicas tradicionais e descendo do palco.  Senti ali um pouco da admiração exagerada pelos que vêm de fora...

Enfim, acho que ele fez um show mediano para cumprir agenda e trouxe um repertório barulhento para agradar àqueles que saem dançando mesmo se o garçom derrubar a bandeja.  Tromboninho tem técnica para muito mais do que ele mostrou, mesmo se tocasse as mesmas músicas.


Mano Jone

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