O motorista necessitado leva seu carro para encher o tanque. Enquanto o incauto motorista aguarda, o simpático frentista pede para “ver a frente” ou, num gesto de generosidade e profissionalismo ele quase lhe ordena: “abra a frente para eu colocar a água do vidro”. Quem recusaria tamanha gentileza e preocupação gratuita? O satisfeito motorista relaxa, enquanto o frentista coloca a tal água e, ainda mais preocupado, vai verificar o nível do óleo. Ele deixa o capô do seu carro aberto e vem lhe informar, quase como um lamento, que “o óleo tá baixo”. O motorista, agora preocupado, consente que seja colocado óleo para salvar seu carro. Afinal, se não fizer isso pode ter um prejuízo ainda maior. O motorista contente paga o combustível e o óleo e sai aliviado.
Na verdade o frentista quebrou sua resistência ao ser gentil e conseguiu que o motorista abrisse feliz o capô do veículo. O que o frentista queria não era lhe ajudar em nada, mas aplicar o famoso golpe do óleo. Sempre que se mede o nível do óleo com o motor quente, ele estará abaixo do nível, pois o óleo está espalhado pelo motor fazendo seu papel de lubrificante. Óleo se mede com o motor frio e num terreno plano. Enfim, o golpe é simples e dado centenas de vezes por dia em todo o país. Como o nível estará baixo, o frentista, que ganha comissão por vender o óleo, vai lhe sugerir uns 2 litros. O excesso será queimado pelo motor e pode até sai uma fumacinha branca pelo escapamento. O óleo deve ser trocado periodicamente e não apenas ser “completando”.
Mano Jone
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